Se você está se perguntando se tem todas as características necessárias para criar aplicativos com ferramentas no-code, aqui está um resumo das habilidades necessárias para fazer isso acontecer.
Ferramentas no-code estão disponíveis para praticamente qualquer pessoa que queira desenvolver seus aplicativos, sem a necessidade de conhecimentos técnicos.
Mas é necessário reconhecer que há certas características, habilidades e conhecimentos que tornam a curva de aprendizado do uso dessas ferramentas bem mais tranquila, muito mais razoável.
Há duas abordagens que têm ganhado destaque nos últimos anos, que são as ferramentas no-code e low-code.
Mas embora ambas tenham como objetivo reduzir a necessidade de programação manual, há diferenças significativas em relação à facilidade de uso e acessibilidade entre essas duas abordagens.
As ferramentas no-code, como o próprio nome sugere, são projetadas para permitir a criação de aplicações sem a necessidade de escrever código.
Essas ferramentas geralmente oferecem uma interface visual intuitiva, onde os usuários podem arrastar e soltar componentes, definir regras de negócio e configurar a lógica do aplicativo.
Com isso, pessoas sem conhecimentos técnicos profundos em programação podem criar suas próprias aplicações, possibilitando uma maior democratização do desenvolvimento de software.
Mas existem algumas características básicas que podem capacitar melhor uma pessoa a utilizar uma ferramenta no-code assim digamos, com muito mais eficiência e qualidade.
Mas isso não é uma regra exatamente. É apenas algo que pode ser levado em consideração em muitos casos.
Pessoas com alguma afinidade com a tecnologia, com o mundo digital: as pessoas que estiveram cercadas por computadores e pela Internet desde cedo, sem dúvida, vão estar um passo à frente, vão ficar em uma boa posição para se adaptar a essas ferramentas no-code.
Principalmente aquelas que estão acostumadas a fazer pesquisas na internet, em fóruns on-line e em grupos de discussão, a respeito de algum assunto qualquer.
Pessoas que têm facilidade em buscar respostas para algumas questões, terão muito mais facilidade para encontrar o que precisa para dar mais um passo, sempre que um problema um desafio surgir pela frente.
E em se tratando de ferramentas no-code, algumas implementações ou personalizações podem ser necessárias em alguns casos. E aí entram algumas pesquisas, algumas buscas por informações que podem ser muito importantes para a resolução de algum problema.
Pessoas com entendimento básico de como um software funciona: não estamos falando de detalhes técnicos, mas sim de uma compreensão geral de aspectos como interfaces e dados, por exemplo.
Coisas do tipo, “se você clicar em um botão, ele enviará uma informação para outro lugar que iniciará uma nova ação”.
Isso porque muitas pessoas podem ter ouvido falar do termo API, mas não sabem exatamente o que é.
Pessoas que têm experiência em programação: isso pode parecer óbvio, mas ainda vale a pena destacar: pessoas que têm alguma experiência em escrever código, seja lá o nível que for, vão notar que o uso de ferramentas no-code é muito intuitivo.
Sem contar que quando você já tem alguma experiência com códigos e programação, é muito provável que você tire o máximo proveito de muitos recursos avançados que algumas ferramentas no-code oferecem.
Não quer dizer que pessoas sem conhecimento de programação não consiga sucesso da mesma forma. Mas provavelmente a curva de aprendizado para chegar nesse ponto deve ser maior em comparação com as pessoas que já possuem alguma vivência com o universo da programação.
É preciso falar sobre algumas habilidades importantes. Mas leve em consideração que nem todas são assim importantes, mas são muito úteis para avançar rapidamente com as ferramentas no-code.
Paciência: se você costuma perder a paciência e fica frustrado rapidamente, sua jornada será bem difícil. Trabalhar com ferramentas no-code não é algo assim, instantâneo – embora você possa começar a construir imediatamente suas aplicações.
Provavelmente vai levar algum tempo até que você realmente pegue o jeito de como elas funcionam.
A capacidade de pensar logicamente: a capacidade de traçar uma sequência lógica de eventos que se sucedem, como um fluxograma.
Portanto, se você é bom em planejar as coisas com antecedência e imaginar diferentes cenários, as diferentes etapas de um processo (e até mesmo desenhá-las), você está em uma ótima posição.
A capacidade de pensar abstratamente: esse é outro modelo mental que é muito, mas muito útil.
O pensamento abstrato significa, essencialmente, que você pode considerar conceitos fora do âmbito físico, o que lhe permite reconhecer padrões, analisar ideias e sistemas e resolver problemas.
Por exemplo, se você for capaz de pensar sobre as diferentes maneiras pelas quais um usuário pode interagir com o seu aplicativo e os problemas que ele pode encontrar, você está usando o pensamento abstrato.
A capacidade de usar o pensamento sistêmico: isso significa que você é capaz de dar um passo atrás para visualizar os sistemas como um todo: ver elementos e problemas em um contexto mais amplo e compreender a relação entre as diferentes partes desse sistema.
Olha só um exemplo bem bacana: digamos que você administre uma loja de varejo. O pensamento sistêmico aqui significa ver a conexão entre o que o cliente interage no site e o que acontece em segundo plano, que permite que todo o resto funcione sem problemas.
Se quiser criar um aplicativo, você precisa ser capaz de dizer essencialmente “quando isso acontece, aquilo acontece”. Consegue entender isso?
Considerar todos os diferentes cenários e casos de uso que podem ocorrer quando alguém o utiliza. Você precisa mapear todas essas possibilidades e ver o sistema como um todo.
Um olhar para o design: não é essencial, mas é bastante útil. Uma grande parte do uso de ferramentas sem código, especialmente aquelas que usam design de arrastar e soltar para criar aplicativos, é criar interfaces que realmente façam sentido para os usuários navegarem.
Idealmente, você poderá criar uma interface lógica e de boa aparência para um aplicativo que leve em conta como os usuários navegam de um lugar para o outro.
Uma intimidade com os dados: se você tem alguma experiência em trabalhar com dados, já começou muito bem rsss…
Conhecer os conceitos básicos de como os dados são estruturados, como são coletados e como são analisados são habilidades diretamente aplicáveis às ferramentas sem código.
Na verdade, se você for adepto do Excel e puder usar suas fórmulas e macros, já terá um ótimo começo. Existem muitas plataformas no-code que podem ser o próximo passo, como por exemplo o Airtable.
Você não precisa saber escrever ou ler código para criar aplicativos incrivelmente úteis usando ferramentas sem código.
Mas, se quiser aumentar suas chances de sucesso, definitivamente vale a pena entender os conceitos básicos de como os computadores funcionam e, em seguida, adotar a mentalidade de um arquiteto.
Sim, pense em você como um arquiteto, projetando um labirinto para o seu usuário percorrer. Depende de você, a maneira como esse usuário vai percorrê-lo.
Você está projetando um fluxograma para todas as possíveis rotas que alguém pode seguir. Isso significa que você precisa pensar sistematicamente e também precisa pensar no que pode dar errado.
Lembre-se: o aplicativo que você criará é algo em que os usuários precisam navegar, e você é responsável por fazer com que isso aconteça de forma lógica e contínua.
Fonte: https://leoandrade.net/quais-habilidades-sao-necessarias-para-desenvolver-com-no-code/