Planilhas eletrônicas já foram uma ferramenta popular para o gerenciamento de dados empresariais. Mas é inegável que os bancos de dados há muito tempo desempenham papel importante nas organizações e ocupam esse espaço como uma solução muito mais eficiente e poderosa.
Bancos de dados oferecem uma série de vantagens para as organizações ao lidar com quaisquer volumes de informações.
Com o crescimento exponencial da quantidade de dados gerados diariamente, ter um banco de dados adequado tornou-se imprescindível para o sucesso das empresas.
E a combinação de tudo isso com ferramentas no-code e low-code amplia ainda mais suas possibilidades, permitindo que organizações de todos os tamanhos e perfis aproveitem ao máximo seus dados e impulsionem o crescimento de forma eficiente.
Quase tudo que está hoje em formato digital, sejam os programas nas empresas, aplicativos nos celulares, sites, enfim, tudo, tudo acontece com base em algum tipo de banco de dados.
Vamos imaginar o Twitter: os usuários vão para um lugar dentro do banco de dados, as postagens vão para um outro lugar dentro do banco de dados e, então, você tem ali um relacionamento entre os usuários e seus tweets, entende?
Agora pensemos no UBER, por exemplo: temos usuários, motoristas, lugares marcados como favoritos, avaliações, uma série de informações que fazem parte do aplicativo e que possibilitam a experiência melhor para uma deslocamento entre dois ou mais pontos da forma mais simples e rápida possível.
Tudo isso está em bancos de dados, que relacionam essas informações entre si e possibilitam que a mágica aconteça.
Vamos fazer uma comparação aqui: planilhas eletrônicas. Elas são úteis para lidar com pequenas quantidades de dados e são mais fáceis de aprender e usar do que muitos bancos de dados.
No entanto, as planilhas têm desvantagens. Elas costumam ser menos colaborativas do que muitas ferramentas sem código, o que significa que o controle dos dados nelas contidos fica concentrado em uma ou duas pessoas, em vez de ser acessível a um grupo amplo de funcionários.
Da mesma forma, as planilhas podem se tornar pesadas e lentas em escala. Afinal de contas, ninguém quer examinar uma planilha de 10.000 linhas.
Já os bancos de dados são capazes de lidar com múltiplas transações simultâneas, garantindo a consistência e integridade dos dados mesmo em ambientes com muitos usuários acessando o sistema ao mesmo tempo.
Eles são capazes de lidar mais confortavelmente com grandes volumes de dados que podem ser consultados com muito mais recursos que uma simples planilha.
Sua natureza relacional facilita a obtenção de insights sobre vínculos entre as características de um cliente, por exemplo, ou sobre quais produtos ele consome e em quais períodos especificamente.
Nos últimos anos, as ferramentas no-code e low-code têm ganhado destaque no desenvolvimento de software, incluindo o trabalho com bancos de dados.
Essas ferramentas simplificam a criação e gerenciamento de aplicativos, permitindo que usuários sem conhecimentos avançados de programação desenvolvam soluções de forma ágil e intuitiva.
Por isso é importante destacar que essas ferramentas também permitem que você trabalhe com bancos de dados avançados sem conhecimento especializado de codificação.
E embora algumas dessas ferramentas tenham assinaturas pagas, elas geralmente são mais baratas do que contratar um desenvolvedor ou uma agência para criar um banco de dados do zero.
Dessa forma, você pode usar parte desse investimento em outras outras áreas do seu negócio.
Portanto, se você tiver grandes volumes de dados que precisam ser acessados por vários membros de uma equipe simultaneamente, é mais provável que um banco de dados seja realmente útil para a sua empresa.
E normalmente, a importação de dados para essas ferramentas no-code e low-code, é relativamente simples e intuitiva.
Portanto, não é uma tarefa complexa migrar os dados de uma planilha para um banco de dados.
Escolher uma ferramenta no-code ou low-code mais adequada para você pode ser uma tarefa um pouquinho complicada, pelo simples fato de haver muitas opções no mercado.
Você pode começar considerando alguns pontos importantes nessa escolha de uma ferramenta: faixas de preço, interfaces e recursos, por exemplo.
Se você tem uma empresa sólida, provavelmente vai escolher uma opção fornecida por uma empresa maior e mais conhecida, para ter ao menos um suporte mais especializado.
Agora, se você está validando um produto, se você tem uma startup menor, de repente pode se sentir mais à vontade escolhendo uma alternativa mais barata e de código aberto.
E não há nada de errado nisso.
Existem outros pontos que são importantes e que você não pode ignorar.
Importação de dados: a ferramenta escolhida pode importar os dados que você já tem, por exemplo, em planilhas ou arquivos texto?
Muitas das ferramentas que encontramos hoje no mercado possuem recursos de importação simples, mas se você tiver que parar para colocar seus dados manualmente. Pode ser um motivo para não escolher essa ferramenta.
Capacidade: Algumas plataformas oferecem um número limitado de linhas ou registros gratuitamente ou a um custo bem baixo, antes de vender assinaturas mais caras aos usuários.
Portanto, é bom ficar muito atento às suas necessidades para não ter nenhuma surpresa.
Facilidade de uso: Você deve escolher uma ferramenta que tenha um design e uma interface que sejam fáceis de entender para que todos na equipe possam usá-la.
A gente sabe que cada ferramenta tem um nível de complexidade quando se trata de interfaces de usuário.
É importante levar isso em consideração na hora de escolher a ferramenta adequada para você e sua equipe.
Algumas ferramentas valem a pena serem vistas e avaliadas. Talvez seja um bom início para você tomar sua decisão e escolher a que melhor se adequa às suas necessidades.
Airtable: O Airtable é uma ferramenta no-code que combina as funcionalidades de uma planilha e um banco de dados. Ele permite a criação de bases de dados personalizadas com campos, tabelas e relacionamentos, tornando o gerenciamento de informações flexível e intuitivo. Aqui no canal você vai encontrar alguns vídeos onde eu demonstro a utilização do Airtable.
Baserow: Uma alternativa de código aberto ao Airtable, a empresa holandesa Baserow tem praticamente a mesma funcionalidade do Airtable, permitindo que os usuários criem bancos de dados em um navegador da Web. Carregue-o e ele terá uma aparência convenientemente semelhante à do líder de mercado. O Baserow também oferece suporte a plug-ins de terceiros.
Ragic: O Ragic é uma ferramenta muito apreciada e usada por empresas como Amazon, Intel, Diageo e Ogilvy. É um passo à frente das ferramentas de nível básico, como o Airtable para usuários, mas com essa complexidade vem um potencial mais poderoso. Repleto de modelos, o Ragic pode ser ajustado de acordo com as necessidades de sua empresa.
Rows: Muito mais fácil de usar do que a maioria, o design limpo do Rows se estende desde o site até a própria ferramenta de banco de dados. Ele funciona para mascarar o fato de que você está lidando com bancos de dados complexos, o que o torna uma boa opção para aqueles que têm receio de examinar os dados.
Stackby: Prometendo ajudar os usuários a começar em minutos, o Stackby afirma ser “mais do que apenas uma planilha”. Ele combina a flexibilidade das planilhas e o rigor dos bancos de dados, mas sua principal vantagem é a boa integração com serviços de terceiros.
Bubble: O Bubble é uma plataforma no-code que permite a criação de aplicativos da web completos, incluindo a interação com bancos de dados. Ele oferece uma interface visual para criar lógica de negócios e interações, além de suportar integrações com vários bancos de dados populares.
OutSystems: A OutSystems é uma plataforma low-code que permite o desenvolvimento rápido de aplicativos empresariais complexos. Ela oferece recursos avançados de integração com bancos de dados, permitindo o acesso e manipulação de informações de forma simples e intuitiva.
Microsoft Power Apps: O Microsoft Power Apps é uma plataforma no-code que permite a criação de aplicativos personalizados para desktop, web e dispositivos móveis. Ele oferece conectividade direta com bancos de dados, como o Microsoft SQL Server e o SharePoint, facilitando a criação de soluções que aproveitam os dados existentes na organização.
Quando é que você percebe que precisa passar de uma planilha para um banco de dados?
Algumas coisas precisam ser levadas em conta ao fazer a mudança. Você pode colaborar com segurança em tempo real? Você precisa de uma estrutura rígida que não permita que as pessoas adicionem novos campos aleatórios que possam confundir seu sistema? Você precisa garantir que está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados?
Se achar que não pode colaborar com segurança em uma planilha, mude para um banco de dados. Se precisar adicionar estruturas firmes, mude para um banco de dados. E se precisar estar em conformidade com a LGPD, mude para um banco de dados.
E não esqueça de analisar cuidadosamente o que cada ferramenta oferece e se ela atende às suas necessidades antes de assumir o compromisso.
Muitas delas oferecem escalas graduais de serviço, e pode ser fácil escolher a ferramenta errada, seja ela muito grande ou muito pequena.
Fonte: https://leoandrade.net/o-que-sao-bancos-de-dados-e-qual-sua-importancia-na-tecnologia/